Texto: Verbalize- Empresa Júnior de Jornalismo
Jasmine Jacyara
Laís Stêfani
A Associação Marianense de Acessibilidade (AMAC) realizou no último sábado, 6, passeata em comemoração ao dia Internacional das Pessoas com Deficiência, no dia 3. Percorrendo o centro histórico das ruas da cidade, a intenção foi de conscientizar a população sobre a falta de acessibilidade que Mariana enfrenta. Além da passeata houve a entrega de panfletos e exibição de cartazes em forma de protesto em frente ao Terminal Turístico.
O Coordenador do Projeto “Suporte à AMAC e Acessibilidade em Marian”., Ubiratan Vieira, diz que é importante que a Universidade esteja inserida em um problema tão grave quanto a acessibilidade e que precisa existir uma influência mútua entre o espaço acadêmico e sociedade para assim haver mudanças. O coordenador completa que o projeto não é direcionado apenas a pessoas que possuem alguma deficiência, mas também aos idosos. José Roberto Ribeiro, cadeirante e presidente da AMAC, acredita que ainda há muitos desafios a serem superados e o principal deles é a conscientização da sociedade marianense.
Deficiente visual, o estudante de Turismo na UFOP, Anderson Luís Diaz, 38, que antes da criação da Associação Marianense de Acessibilidade não havia muita visibilidade por parte dos setores públicos. Para ele, a própria Universidade não conseguiu se adequar ainda aos padrões de acessibilidade, sendo o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) o Campus que se torna o mais próximo do idela. Maria do Carmo Santos, 30, guarda-municipal, levou sua filha Helen Santos, 12, para participar do movimento. Para Maria tudo começa na familia. “Deveria existir em casa uma conversa sobre acessibilidade, para que os filhos, desde pequenos, possam adquirir conhecimento sobre esse tema”.
Sobre a AMAC:
A AMAC (Associação Marianense de acessibilidade) realiza às segundas e aos sábados reuniões no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, onde os membros levantam problemas apontados pela própria sociedade, seja a respeito da área da saúde, educação ou estrutural e posteriormente, são ouvidos pela secretaria pública. É necessário maior participação da população para apontar os descumprimentos de direitos existentes em Mariana, para que assim a associação ganhe mais força. Dentre os objetivos da passeata, o principal deles informar alguns direitos que principalmente portadores de alguma necessidade especial possuem, mas não desfrutam. Além disso, buscam conscientizar os indivíduos marianenses alegando que a não deficiência é passageira. Afinal, todos adoecem, envelhecem e estão sujeitos a imprevistos que colocam em necessidade um espaço de locomoção adequado.